CRISTIANISMO

CRISTIANISMO

O Cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade ocidental. Há 2 mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e a arquitetura da Europa. Assim, conhecer o cristianismo é pré-requisito para compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.

O cristianismo é uma das chamadas grandes religiões. Tem aproximadamente 1,9 bilhão de seguidores em todo o mundo, incluindo católicos, ortodoxos e protestantes. Cristianismo vem da palavra Cristo, que significa messias, pessoa consagrada, ungida. Do hebraico mashiah (o salvador) foi traduzida para o grego como khristos e para o latim como christus.

A doutrina do cristianismo baseia-se na crença de que todo o ser humano é eterno, a exemplo de Cristo, que ressuscitou após sua morte. A fé cristã ensina que a vida presente é uma caminhada e que a morte é uma passagem para uma vida eterna e feliz para todos os que seguirem os ensinamentos de Cristo, baseados na fraternidade e no amor ao próximo.

Os ensinamentos estão contidos na Bíblia, dividida entre o Antigo e o Novo Testamento.

O Antigo Testamento trata da lei judaica, ou Torah. Começa com relatos da criação e é todo permeado pela promessa de que Deus, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas enviaria à Terra seu próprio filho como Messias, o salvador.

O Novo Testamento contém os ensinamentos de Cristo, escritos por seus seguidores. Os principais são os quatro evangelhos ("mensagem", "boa nova"), que são quatro versões mais ou menos semelhantes da vida de Cristo, escritas pelos apóstolos Mateus, Marcos, Lucas e João. Também inclui os Atos dos Apóstolos (cartas e ensinamentos que foram passados de boca em boca no início da era cristã, com destaque para os textos de São Paulo) e o Apocalipse (texto até hoje polêmico e que narra, basicamente, como seria ao fim do mundo).

O nascimento do cristianismo se confunde com a história do império romano e com a história do povo judeu. Na sua origem, o cristianismo foi apontado como uma seita surgida do judaísmo.

Quando Jesus Cristo nasceu, na pequena cidade de Belém, próxima a Jerusalém, os romanos dominavam a Palestina. Os judeus viviam sob a administração de governadores romanos e, por isso, aspiravam pela chegado do Messias, apontado na Torá como o enviado que os libertaria da dominação romana.

Segundo a Bíblia, até os 30 anos Jesus viveu anônimo em Nazaré, cidade situada no norte do atual Israel. Aos 33 anos seria crucificado em Jerusalém e ressuscitaria três dias depois. Em pouco tempo reuniu seguidores (os 12 apóstolos) e percorreu a região pregando sua doutrina e fazendo milagres, como ressuscitar pessoas mortas e curar cegos, o que lhe garantiu rápida popularidade.

Mas, para as autoridades religiosas judaicas ele era um blasfemo, por não seguir à risca os ensinamentos da Torah. Também não dava mostras de que seria o líder que libertaria a região da dominação romana. Ele apenas pregava paz, amor ao próximo. Para os romanos, era um agitador popular, que não reconhecia a divindade do imperador de Roma.

Após ser preso e morto, a tendência era de que seus seguidores se dispersassem e seus ensinamentos fossem esquecidos. Ocorreu o contrário. É justamente nesse fato que se assenta a fé cristã. Como haviam antecipado os profetas no Antigo Testamento, Cristo ressuscitou, apareceu a seus apóstolos que estavam escondidos e ordenou que se espalhassem pelo mundo pregando sua mensagem de amor e paz. Apóstolo quer dizer enviado.

O cristianismo firmou-se como uma religião de origem divina. Seu fundador era o próprio filho de Deus, enviado como salvador e construtor da história junto com o homem. Ser cristão, portanto, seria engajar-se na obra redentora de Cristo, tendo como base a fé em seus ensinamentos.

Rapidamente, a doutrina cristã se espalhou pela região do Mediterrâneo e chegou ao coração do império romano. São Pedro, um dos 12 apóstolos, se tornou o primeiro bispo de Roma e o primeiro papa. A ele, Jesus teria dito: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". Igreja significa reunião.

A difusão do cristianismo pela Grécia e Ásia Menor foi obra especialmente do apóstolo Paulo, que não era um dos 12 e teria sido chamado para a missão pelo próprio Jesus. As comunidades cristãs se multiplicaram. Surgiram rivalidades. Em Roma, muitos cristãos foram transformados em mártires, comidos por leões em espetáculos no Coliseu, como alvos da ira de imperadores atacados por corrupção e devassidão.

Em 313, o imperador Constantino se converteu ao cristianismo e concedeu liberdade de culto, o que facilitou a expansão da doutrina por todo o império. Antes de Constantino, as reuniões ocorriam em subterrâneos, as famosas catacumbas que até hoje podem ser visitadas em Roma.

O cristianismo, mesmo firmando-se como de origem divina, é, como qualquer religião, praticado por seres humanos com liberdade de pensamento e diferentes formas de pensar.

Assim, à medida que foi ganhando terreno, também enfrentou rachas -sua grande ferida viva do passado e do presente.

Desvios de percurso e situações históricas determinaram os rachas que dividiram o cristianismo em várias confissões (as principais são as dos católicos, protestantes e ortodoxos).

O primeiro grande racha veio em 1054, quando o patriarca de Constantinopla, Miguel Keroularios, rompeu com o papa, separando do cristianismo controlado por Roma as igrejas orientais, ditas ortodoxas. Bizâncio e depois Constantinopla (a Istambul de hoje, na Turquia), seria até 1453 a capital do império romano do Oriente, ou Império Bizantino.

O império romano do Ocidente já havia caído muito tempo antes, em 476, marcando o início da Idade Média. E foi justamente na chamada Idade Média, ainda hoje um dos períodos mais obscuros da história, que o cristianismo enfrentou seus maiores desafios, produzindo acertos e erros.

Essa caminhada culminou com o segundo grande racha, a partir de 1517. O teólogo alemão Martinho Lutero, membro da ordem religiosa dos Agostinianos, revoltou-se contra a prática da venda de indulgências e passou a defender a tese de que o homem somente se salva pela fé.

Lutero é excomungado e funda a Igreja Luterana. Não reconhece a autoridade papal, nega o culto aos santos e acaba com a confissão obrigatória e o celibato dos padres e religiosos. Mas mantém os sacramentos do batismo e da eucaristia.

Mais tarde, a chamada Reforma Protestante deu origem a outras inúmeras igrejas cristãs, cada uma com diferentes interpretações de passagens bíblicas ou de ensinamentos de Cristo.


O MUNDO CRISTÃO
Em parte, por causa do lugar importante que as missões tiveram no cristianismo, este se tornou a mais difundida de todas as religiões. Hoje há três ramos principais na Igreja, cada um concentrado numa área geográfica diferente. Primeiro, a Igreja Católica Romana, que é majoritária no Sul da Europa e na América Latina, e tem grandes minorias nos Estados Unidos e na África; em seguida vem a Igreja Ortodoxa, centrada na Grécia e Europa Oriental, e por fim as Igrejas Protestantes, localizadas sobretudo no Norte da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.

A Igreja Católica Romana
A Igreja Católica Romana é a maior de todas as Igrejas. Existem cerca de 1 bilhão de cristãos no mundo. Aproximadamente, metade deles pertence ao catolicismo. O Catolicismo, do grego katholikos, com o significado de "geral" ou "universal", é um nome religioso aplicado a dois ramos do cristianismo. Em uso casual, quando as pessoas falam de "católicos" ou de "catolicismo", geralmente pretendem indicar os aderentes à Igreja Católica Romana. No entanto, no seu sentido geral (sem o C maiúsculo), o nome é usado por muitos cristãos que acreditam que são os descendentes espirituais dos Apóstolos em vez de parte de uma sucessão apostólica física, como defendem os católicos romanos. O Credo dos Apóstolos, que diz "Eu acredito... na santa igreja católica..." é recitado todas as semanas em milhares de igrejas Católicas.

No seu sentido mais estreito, o termo é usado para referir a Igreja Católica Apostólica Romana, sob o Papado. Estas 24 igrejas "sui iuris" estão em comunhão total , o que as transforma na maior denominação cristã do mundo. As suas características distintivas são a aceitação da autoridade do Papa, o Bispo de Roma, e a comunhão com ele, e aceitarem a sua autoridade em matéria de "fé" e "moral" e a sua afirmação de "total, supremo e universal poder sobre toda a Igreja". Esta denominação é freqüentemente chamada Igreja Católica Romana, muito embora o seu nome formal seja apenas "Igreja Católica".

A Igreja Ortodoxa
Abrangências: A Igreja Ortodoxa costuma ser conhecida também, como Igreja Ortodoxa Oriental, já que tinha sua sede no Oriente Médio, por oposição à Igreja Ocidental, cujo centro era em Roma. A Igreja Ortodoxa se difundiu a partir de Jerusalém e Istambul (antiga Constantinopla) pela Bulgária, Romênia, Grécia e Rússia, onde hoje tem seu baluarte. Além disso, há em torno de 5 milhões de ortodoxos nos Estados Unidos, resultado da imigração da Europa Oriental. Em razão das condições políticas, não se sabe com exatidão o número de pessoas que pertencem atualmente à fé ortodoxa, mas se estima que os fiéis totalizem cerca de 150 milhões.

A Igreja Protestante
As principais denominações protestantes que surgiram da reforma, foram a Igreja Luterana e a Igreja Reformada. Mas já no século XVI existia uma ala mais radical, que desejava formar suas próprias igrejas puras, a característica mais importante dessa ala, é que não reconhecia o batismo de crianças, mas só de adultos, isto é, dos que crêem conscientemente. O movimento começou na Suíça, na Alemanha e na Holanda (anabatistas) e liderados por John Smith, fundaram em 1609 a primeira das Uniões Batistas mais modernas.

Além destas, existem outras Igrejas Evangélicas, nascidas do movimento de leigos e missionários da Igreja Luterana, saõ elas as Igrejas: Metodistas; Batistas; Pentecostais; Adventistas; Quakers; Exercito da Salvação; Mórmons; Testemunhas de Jeová, etc.

Atualmente, está em curso um movimento de reunificação cristã. Teve início há cerca de 40 anos, a partir do famoso Concílio Vaticano II (1962-1965) promovido pela Igreja Católica. Cresce a percepção de que o cristianismo precisa restabelecer sua unidade.

O chamado ecumenismo envolve o diálogo do cristianismo também com as outras grandes religiões, como o islamismo, o judaísmo, o hinduísmo e o budismo. O caminho será longo, mas a hora é a de acabar com fanatismos, que nada têm de religioso e são origem de tantos males.
 

ESPIRITISMO

ESPIRITISMO

ORIGENS
O Espiritismo, surgiu na França em 1857 com o lançamento de "O Livro dos Espíritos" de autoria de: Allan Kardec, pseudônimo adotado por Hyppolyte Leon Denizard Rivail. Nesta obra Kardec expõe, através de respostas dadas por espíritos superiores, a síntese de uma nova filosofia espiritualista e estabelece os fundamentos do Espiritismo. Desde então, a doutrina espírita ganhou o mundo e está presente em diversos países. Somente no Brasil, estima-se que o Espiritismo conta com aproximadamente 10 milhões de adeptos e tem em Francisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco seus maiores divulgadores. Chico Xavier, como ficou conhecido popularmente, escreveu (psicografou) 418 livros, sem ter concluído sequer o curso primário.

SISTEMA DE CRENÇAS
A doutrina espírita tem por pedra fundamental a crença na reencarnação. Pela teoria, todos os seres humanos são espíritos reencarnados na Terra para evoluir. Para os espíritas, existem dois modelos de existência, o físico e o espiritual. A morte seria apenas a passagem da alma do plano físico para o espiritual.

Os espíritas, como são chamados seus adeptos, crêem na possibilidade de haver comunicação entre o mundo físico e o mundo espiritual e a essa capacidade de se comunicar com o "outro lado", dão o nome de mediunidade.

A mediunidade seria um dom que todos os seres humanos têm, em diferentes graus. Há os que só os vêem, há os que só os ouvem; há os que apenas sentem vibrações ou sonham. Para o espiritismo, todos são médiuns, denominação dada àqueles que desenvolvem a capacidade de ver, ouvir e incorporar espíritos. No passado, a mediunidade era muito utilizada para a obtenção de efeitos físicos como a materialização de espíritos ou objetos.

Os espíritas também crêem na existência de "espíritos-guias" ou "anjos da guarda", além de espíritos amigos que nos acompanham em nossa encarnação na Terra para nos auxiliar a vencer nossos defeitos. Por outro lado, aqueles a quem prejudicamos em outras vidas se tornam obsessores, espíritos que nos perseguem e, com vibrações inferiores, procuram nos atormentar.

Para o espiritismo Deus é a "causa primária", inteligência suprema que criou o universo e as leis que o regem. Uma delas, além da reencarnação, seria a lei de causa e efeito, semelhante ao "carma" no hinduísmo.

Tal lei funcionaria ao lado da reencarnação. O objetivo do espírito, criado "simples e ignorante" por Deus, é chegar à perfeição. A falta de experiência o levará a erros durante esse caminho, e a lei de ação e reação o obrigará a reparar suas faltas para voltar ao bem. A reencarnação, portanto, seria a forma do espírito corrigir os erros que cometeu em outras vidas e dar mais um passo rumo à perfeição.

O espiritismo também prega a pluralidade de mundos, baseado na frase de Cristo: "A casa de meu Pai tem muitas moradas". Todos os planetas do universo seriam habitados - pensar o contrário, segundo o espiritismo, seria questionar a inteligência de Deus, que teria criado outros planetas apenas para embelezar o céu terrestre.

A doutrina nega a existência do céu e do inferno como concebidos pelo catolicismo. Segundo o espiritismo, existem vários planos vibratórios, dos mais inferiores aos mais elevados. Durante sua evolução, o espírito transita entre esses diversos planos.

Pensar na figura do diabo também seria questionar o poder e a inteligência de Deus, já que o criador de tudo o que existe no universo não criaria um outro ser capaz de disputar com ele ou fazer mal às suas criaturas. O Kardecismo, como também é chamada a doutrina, questiona a existência do mal, assim como a escuridão é a ausência da luz, o mal seria a ausência do bem.

Jesus Cristo também é diferente para o espiritismo. Os cristãos consideram Jesus como a "encarnação" de Deus na Terra. Os espíritas acreditam que Deus é o Criador, e Jesus é criatura. O Cristo seria um espírito muito evoluído, responsável diante de Deus, pelo planeta Terra e pelos espíritos que nela habitam.

ALLAN KARDEC

Hyppolyte Leon Denizard Rivail, que adotou para suas obras espíritas o pseudônimo de Allan Kardec, nasceu em 3 de outubro de 1804, em Lion, França. Era filho de um juiz, Jean Baptiste Antoine Rivail, e sua mãe chamava-se Jeanne Louise Duhamel.

Allan Kardec estudou pedagogia com o célebre professor Pestalozzi, de quem cedo se tornou discípulo e colaborador. Falava alemão, inglês, italiano e espanhol. Membro de várias sociedades acadêmicas, foi autor de numerosas obras didáticas na área.

Em 1854, o então professor Rivail, ouviu falar pela primeira vez sobre os fenômenos das mesas girantes, moda da época nos salões europeus (algo parecido com a popular "brincadeira do copo"). No ano seguinte, interessou-se mais pelo assunto e passou a estudar os fenômenos.

Após algumas sessões, começou a questionar os ditos "espíritos" para descobrir uma resposta lógica que pudesse explicar o fato de objetos inertes emitirem mensagens inteligentes. As "forças invisíveis" que se manifestavam pelas mesas diziam ser almas de homens que tinham vivido na Terra.

A partir daí, Rivail começou a fazer perguntas para todos os "homens que viviam no além" com quem conversou. Dessas entrevistas nasceu "O Livro dos Espíritos", primeira obra espírita publicada em 1857.

A partir de então, Kardec publicou outros livros sobre o tema, dentre eles: O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, Gênese: os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Que é o Espiritismo. E em 1858, fundou a Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos.

CHICO XAVIER
Francisco Cândido Xavier ou simplesmente Chico Xavier, como ficou conhecido, nasceu no dia 02 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo (MG), filho de um casal simples, seu pai um operário e sua mãe uma lavadeira. Ficou órfão de mãe com 5 anos, viveu algum tempo com sua madrinha que o maltratava e nestes momentos se dirigia ao quintal da casa afim de reencontrar sua mãe, ele sempre a via e a escutava após fazer suas orações. Posteriormente, seu pai casou-se novamente e Chico passou a ser criado por sua madastra uma mulher boa e caridosa que o incentivou a voltar para a escola em 1919. Chico seguia a religião católica participando dos ritos. Em 1923 concluiu o ensino primário, e começou a trabalhar numa fábrica. Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho. Em 1927 sua irmã ficou doente, e um casal de espíritas, reunidos com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa da família de Chico. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec. No final deste mesmo ano, foi fundado o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras. Em 1931, Chico publicou seu primeiro trabalho psicografado: "Parnaso de Além - Túmulo", um livro de poesias, lançado em julho de 1932. Além desse trabalho, Chico psicografou inúmeros romances e livros, versando sobre assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida. Em 5 de janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã. Devido a esse trabalho Chico se tornou conhecido no Brasil e no mundo inteiro até que faleceu em 30 de junho de 2002, em Uberada (MG).


Os Espíritos hão dito sempre: "A forma nada vale, o pensamento é tudo".
 

HINDUISMO

HINDUISMO

O Hinduismo não é propriamente uma religião, mas sim a denominação de um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas politeistas que surgiram na India, a partir de 2000 a.C. O termo ocidental é conhecido pelos seguidores como "Sanatana Dharma", que em sânscrito significa: "a ordem permanente". O Hinduismo está fundamentado nos quatro livros dos Vedas (conhecimento), um conjunto de textos sagrados compostos de hinos e ritos, no Século X, denominados de Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Artharvaveda. Estes quatro volumes são divididos em duas partes: uma (exotérica) que trata dos trabalhos rituais e outra (esotérica) que versa sobre o conhecimento ou especulações filosóficas, também chamada de Vedanta. A tradição védica surgiu com os primeiros árias, povo de origem indo-européia (os mesmos que desenvolveram a cultura grega) que se estabeleceram nos vales dos rios Indo e Ganges, por volta de 1500 a.C.

As características principais do hinduísmo são: o politeísmo, o ioga, a meditação e a reencarnação. Estima-se que atualmente existam mais de 660 milhões de adeptos em todo o mundo, com um panteão de 33 milhões de deuses e 200 milhões de vacas sagradas. Todo gado existente na India, alimentaria sua população por cinco anos, entretanto, a fome é devastadora no país por causa da idolatria.

ORIGEM

Os historiadores citam a Índia como o berço do Bramanismo, uma das mais antigas religiões que deu origem ao hinduismo e que de certa forma se confunde com esta. A doutrina bramânica, nos seus primórdios, compunha-se de postulados esparsos, sem qualquer ordenação e era transmitida oralmente através de cânticos. Cerca de 14 séculos a.C., um sábio brâmane recebeu o nome de Vyasa (compilador) por seu trabalho, e ordenou adequadamente a religião brâmane. A sua fixação, entretanto, só ocorreu por ocasião do surgimento da escrita na Índia, entre os séculos IX e VIII a.C.

Os ensinamentos védicos, escritos em sânscrito, passaram a constituir os Vedas ou Livros do Conhecimento Sagrado, a obra religiosa mais antiga de que se tem notícia. Rigveda, o mais conhecido dentre eles, consta de hinos de aparência simplesmente devocional, mas que encobrem o segredo da Criação. Apenas os sacerdotes e iniciados distinguiam a verdade escondida sob o véu das alegorias. Sua doutrina original pode ser resumida em cinco princípios básicos, dos quais decorrem as demais diretrizes:

1 - Um Deus Único com Tríplice Manifestação (Trindade Divina: Brahma, Vishnu e Shiva). "O Ser Supremo se imola a Si próprio e Se divide para produzir a Vida Universal".

2 - A Natureza Eterna do Mundo "Ele sempre foi e sempre será. O mundo e os seres saídos de Deus voltam a Ele por uma evolução constante".

3 - A Reencarnação "Há uma parte imortal do homem que é aquela, ó Agni, que cumpre aquecer com teus raios, inflamar com teus fogos. De onde nasceu a Alma? Umas vêm para nós e daqui partem, outras partem e tornam a voltar".

4 - O Karma "Se vos entregardes aos vossos desejos, só fareis condenar-vos a contrair, ao morrerdes, novas ligações com outros corpos e outros mundos".

5 - O Nirvana "Estado de não desejo". O mais puro e íntegro da alma, livrando-a em definitivo da roda das encarnações. Considerado o coroamento da Perfeição. As Escolas Iniciáticas demonstravam cabalmente, na teoria e na prática, a relevância de alcançar o Nirvana, para se chegar a Deus. Para atingir essa condição, o Ego precisa se libertar de todos os desejos, mesmo os originados de sentimentos bons e altruístas. O Nirvana é um estado de consciência tão íntegro que toda doação é prestada naturalmente e não em decorrência de inclinação sentimental.

SISTEMA DE CRENÇAS

Segundo o hinduísmo, o caminho para o nirvana, passa pelo ascetismo (doutrina que desvaloriza os aspectos corpóreos e sensíveis do homem), pelas práticas religiosas, pelas orações e pela prática do ioga. Assim, o adepto alcança a "salvação", escapando dos ciclos da reencarnação.

Para o Hinduismo, os Vedas contêm as verdades eternas reveladas pelos deuses e a ordem (dharma) que rege os seres e as coisas, organizando-os em castas como conseqüência do Karma, pela qual o indivíduo por comportamento de vidas anteriores, renasce em determinada posição social, sofrendo os efeitos decorrentes dessa circunstância.

Cada casta possui seus próprios direitos e deveres espirituais e sociais e a posição de cada homem em determinada casta é definida pelo seu Karma. De acordo com essa crença, o objetivo é superar o ciclo de reencarnações (samsara), atingindo assim, o nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e de todo o Universo. A maior esperança de um hinduísta é chegar no estágio de se transformar no inexistente. Vir a ser parte deste deus impessoal, do universo.

O cerimonialismo enriqueceu-se notavelmente sob a direção dos brâmanes. Os cultos adquiriram poder mágico. As idéias de samsara ( transmigração das almas ou reencarnações sucessivas ) e karma (lei segundo a qual todo ato, bom ou mau, produz conseqüências na vida atual ou nas encarnações posteriores) surgiram nessa época, assim como as especulações filosóficas sobre a origem e o destino do homem. O sistema de castas converteu-se na principal instituição da sociedade indiana.

De acordo com os Vedas, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: Brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os Xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os Vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e artesãos; e Sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos. Os Párias são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem se banharem no Rio Ganges.

Apesar de ser um preceito bastante antigo, o sistema de castas, não fazia parte do corpo doutrinário original. Constitui um adendo incluído em remotas épocas, pela mãos dos brâmanes e que se tornou a principal instituição da sociedade indiana. Este sistema, atualmente rejeitado pela maioria dos reformadores do hinduismo, constitui uma tese a ser discutida, demonstrando a pequenez do ser humano, razão pela qual deve ser extinta, pois existem inúmeras maneiras de a Lei ser exercida, sem o agravamento maior imposto pela sociedade. A aceitação da divisão em castas significaria o mesmo que aprovar a escravidão, já que seriam escravos apenas os que construíram, em vidas passadas, as causas que ocasionaram esse efeito. Fica exposta a tese para que cada um escolha a que mais lhe esteja de acordo.

Para o Hinduismo, o mundo físico é uma ilusão designada Maya, no mundo tridimensional, o homem e sua personalidade não passa de um sonho. Para se ver livre dos sofrimentos ( pagamento daquilo que foi feito na encarnação passada ), a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física. Através da prática do ioga e da meditação transcedental, o adepto pode transceder este mundo de ilusões e atingir a iluminação, a liberação final. O hinduísmo ensina que o ioga é um processo de oito passos, os quais levam a culminação da pessoa transcender ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de existência individual.

TEOLOGIA
Sem abandonar as divindades registradas nos Vedas, os brâmanes, estabeleceram Brahma ( em sânscrito, "o absoluto" ), como a divindade principal da ( Trimurti ) tríade hindu, integrada por: Brahma, Vishnu e Shiva. Brahma é a manifestação antropomórfica do brahman, o princípio criador, a "alma universal", o ser absoluto e incriado, mais um conceito de totalidade que envolve todas as coisas do que propriamente um deus.

Tudo é deus, deus é tudo: o hinduísmo ensina, como no Panteísmo, que o homem está unido com a natureza e com o universo. O universo é deus, e estando unido ao universo, todos são deuses. Ensina também que este mesmo deus, é impessoal. Muitos deuses adorados pelos hindus são amorais e imorais.

Por serem várias as divindades no hinduismo, citaremos apenas as mais significativas: Agni é o pai dos homens, deus do fogo e do lar. Indra rege a guerra. Varuna é o deus supremo, rei do universo, dos deuses e dos homens. Ushas é a deusa da aurora; Surya e Vishnu, regentes do sol; Rudra e Shiva, da tempestade. Animais como a vaca, rato, e serpentes, são adorados por serem possivelmente, a reencarnação de alguns dos familiares. Existe três vezes mais ratos que a população do país, os quais destroem um quarto de toda a colheita da nação. O rio Ganges é considerado sagrado, no qual, milhares de pessoas se banham diariamente, afim de se purificar. Nos cultos védicos, os pedidos mais solicitados aos deuses são vida longa, bens materiais e filhos homens. Muitas mães afogam seus filhos recém-nascidos, como sacrifício aos deuses.

O Bramanismo, posteriormente conhecido por hinduísmo, exotericamente desenvolveu-se, sofreu modificações, foi adulterado e, com o passar dos tempos, entrou em decadência, como é usual acontecer com as religiões. A sua essência esotérica, no entanto, continua inalterada e preservada pelos Mistérios, praticados em santuários da Índia.
 

BUDISMO

BUDISMO
O Budismo, é um conjunto de Ensinamentos emitidos e vividos por um grande homem, o príncipe hindu Siddharta Gautama, conhecido por Buda ( Buda não é um nome, mas uma condição ou estado de pleno desenvolvimento espiritual - a Iluminação. Significa 'O Desperto' ). Os seguidores dessa filosofia de vida não o tem como um Deus, mas como um guia espiritual que os ensina como se libertar do ciclo da morte e reencarnação, alcançando a iluminação, um estado de pureza espiritual completamente livre das preocupações mundanas e do ciclo da reencarnação.

O Budismo tem atualmente cerca de 500 milhões de adeptos em todo o mundo. A partir do Ceilão ( atual Sri Lanka ), difunde-se a sudeste, na Birmânia ( Mianmá ), Laos, Tailândia e Camboja, ao norte no Tibete, e a leste na Coréia, na China. No Japão, mistura-se com a antiga escola de meditação chinesa chan ( zen, em japonês ), dando origem ao zen-budismo.

HISTÓRIA DE BUDA

O príncipe Siddharta Gautama nasceu em 560 a.C. na cidade de Kapilavastu no Nepal, nas montanhas do Himalaia, próximo da fronteira com a Índia. Filho de Shuddhodana Gautama, um Rei da dinastia dos Sakyas e da Rainha Maya, que morreu quando o principe completou uma semana de vida. Apesar de viver confinado dentro de um palácio, Siddharta se casou aos 16 anos com a princesa Yasodharma e teve um filho, o qual chamou de Rahula.

Como principe Siddharta vivia protegido e afastado dos sofrimentos do mundo. Durante um raro passeio fora do palácio, foi submetido a quatro visões que o comoveram profundamente: um doente, um ancião, um cadáver e um asceta. Chocado com a doença, com a velhice e a com morte, Siddharta refletiu sobre o que viu e tomou uma decisão que mudaria sua vida e a história.

Aos 29 anos, Siddharta resolveu sair de casa e partiu em busca de uma resposta para o sofrimento humano. Juntou-se a um grupo de ascetas e passou seis anos jejuando e meditando. Durante muitos dias, sua única refeição era um grão de arroz por dia. Após esse período, cansado dos preceitos do Hinduísmo e sem encontrar as respostas que procurava, separou-se do grupo para meditar.

Após sete dias meditando debaixo de uma figueira ( Bodhi - "A Arvore do Despertar" ), atingiu o Nirvana ( a iluminação ), com a revelação das Quatro Verdades. Ao ouvir o relato de sua experiência, seus cinco discúpulos o denominaram "Buda" ( O iluminado, em sânscrito ) e assim passou a pregar sua doutrina pela Índia. Todos aqueles que estavam desiludidos com a crença hindu, principalmente os da casta mais baixa, deram ouvidos a esta nova mensagem, o "Caminho do Meio" - que pregava evitar os extremos, tanto da negação de si mesmo, como da satisfação dos desejos. Siddharta contava 35 anos de idade e durante os 45 anos seguintes, ele e seus discípulos, pregaram ao longo da bacia do Ganges até o seu falecimento aos 80 anos de idade.

SISTEMA DE CRENÇAS

O Budismo consiste no ensinamento de como superar o sofrimento e atingir o nirvana (estado total de paz e plenitude) por meio da disciplina mental e de uma forma correta de vida. Também creêm na lei do carma, segundo a qual, as ações de uma pessoa determinam sua condição na vida futura.

A doutrina é baseada nas Quatro Nobres Verdades de Buda:

1. Primeira Nobre Verdade, a Existência do Sofrimento ( Dukkha Stya ): Impermanência, Anicca ; Insatisfatoriedade, Dukkha; Impersonalidade, Anatta.

2. Segunda Nobre Verdade, a Causa do Sofrimento ( Samudaya Satya ): Desejo, avidez, tanha, que dividi-se em:
• Desejo dos Prazeres dos Sentidos ( kama ),
• Desejo de auto-preservação ( bhava ) e
• Desejo de Não existência ou auto-aniquilamento ( vibhana ).

3. Nobre Verdade, a Cessação do Sofrimento ( Nirodha Satya ): a Extinção do desejo, da ambição, do anseio, Nirvana.

4.Quarta Nobre Verdade, o Caminho que conduz à Extinção do Sofrimento ( Magga Satya ): Caminho Óctuplo, Atthangika Magga. É o caminho ensinado pelo Buddha que conduz ao despertar. Ele recebe este nome por ser dividido em oito práticas, geralmente agrupadas em três treinamentos superiores:
I - Prajna (Sabedoria );
II - Samadhi ( Meditação ) e
III - Sila ( Moralidade );

O NOBRE CAMINHO ÓCTUPLO

1. Visão Correta
O Adepto deve aceitar as Quatro Verdades e os oito passos de Buda.

2. Pensamento Correto
O Adepto deve renunciar todo prazer através dos sentidos e o pensamento mal.

3. Fala Correta
O Adepto não deve mentir, enganar ou abusar de ninguém.

4. Ação Correta
O Adepto não deve destruir nenhuma criatura, ou cometer atos ilegais.

5. Meio de Vida Correto
O modo de vida não deve trazer prejuízo a nada ou a ninguém.

6. Esforço Correto
O Adepto deve evitar qualquer mal hábito e desfazer de qualquer um que o possua.

7. Atenção Correta
O Adepto deve observar, estar alerta, livre de desejo e da dor.

8. Meditação Correta
Ao abandonar todos os prazeres sensuais, as más qualidades, alegrias e dores, o Adepto deve entrar nos quatro gráus da meditação, que são produzidos pela concentração.

TEOLOGIA DO BUDISMO

A divindade: Não existe nenhum Deus absoluto ou pessoal. A existência do mal e do sofrimento é uma refutação da crença em Deus. Os que querem ser iluminados, necessitam seguir seus próprios caminhos espirituais e transcendentais.

Antropologia: O homem não tem nenhum valor e sua existência é temporária.

Salvação: as forças do universo procurarão meios para que todos os homens sejam iluminados ( salvos ).

A alma do homem: A reencarnação é um ciclo doloroso, porque a vida se caracteriza em transições. Todas as criaturas são ficções.

O caminho: O impedimento para a iluminação é a ignorância. Deve-se combater a ignorância lendo e estudando.

Posição ética: Existem cinco preceitos a serem seguidos no Budismo:

• Proibição de matar
• Proibição de roubar
• Proibição de ter relações sexuais ilícitas
• Proibição do falso testemunho
• Proibição do uso de drogas e álcool

No Budismo O Adepto pode meditar em sua respiração, nas suas atitudes ou em um objeto qualquer. Em todos os casos, o propósito é se livrar dos desejos e da consciência do seu interior.

Texto baseado no Livro: A Doutrina de Buda
Bukkyõ Dendõ Kyõkai - ( Sociedade para a Divulgação do Budismo )

Para adquirir exemplares desta obra, entrem em contato com:
Fundação Educacional e Cultural Yehan Numata.
Mitutoyo Sul Americana Ltda.
Fone: (11) 5643-0000
e-mail: rh@mitutoyo.com.br

Namastê !!!
 

Ásatrú

Ásatrú
A Religião dos Povos Nórdicos

ORIGENS

Ásatrú é o nome moderno para uma antiga religião, cujas origens remontam à idade da pedra. Na Era do Touro, por volta de 4.350 a.C, o homem deixava de ser nômade para se transformar em lavrador. A energia fecundadora da terra desafiou a compreensão do homem primitivo, que via no milagre da procriação da vida algo de divino, que somente as fêmeas podiam reproduzir. Então conceberam a terra como um ser dotado de alma e consciência própria "Nerthus" a "Mãe Terra". Surgia assim a religião primordial européia, como uma crença Matrifocal e Xamanística. Porém essa religião não permaneceu inalterada, como uma fé viva, evoluiu e se adaptou às necessidades espirituais dos povos daquela época até a Era Viking, sem perder no entanto, o vínculo com suas antigas raízes.

Em nórdico arcaico Ásatrú significa "Verdadeiro para com os Aesir", entretanto, o Ásatrú não era praticado apenas pelos Aesir, mas também pelos Vanir e por alguns povos da progênie Jotnar. Este nome foi dado aos Islândeses quando estes conseguiram o reconhecimento legal em 1972. O Godhi ( sacerdote, chefe ) Islândes e Skald ( poeta ), conhecido como Alhesargodhi Sveinbjorn Betteinsson, liderou os Asatruares do primeiro grupo Heathenista legalmente reconhecido na Islândia há aproximadamente um milênio, na época do reconhecimento oficial pelo Parlamento Islândes ( Althing ) do Ásatrú como uma religião válida e verdadeira. "Trú" também significa Fidelidade, Fé ou Confiança.

HISTÓRIA

O Ásatrú foi por muito tempo a religião de diversos povos do Norte da Europa. Escandinavos ( Dinamarqueses, Noruegueses, Suecos e Escandinavos ), Frisios, Húngaros, Anglo Saxões ( ancestrais, juntamente com os Gaelicos, dos Ingleses ), os Teutões ( predecessores dos Alemães ), os ancestrais dos Holandeses, os Godos ( Visigodos, Ostrogodos, etc ), os Eslavos, Longonbardos e os Russos. Suas raízes são Indo-Europeias e isto significa que tem as mesmas raízes das religiões e culturas dos Celtas e Hindus. Apesar das falsas alegações sem nenhuma prova acadêmica ou evidencia arqueológica de supostas Tradições Familiares e linhagens ininterruptas, a religião foi totalmente obliterada por uma campanha genocida e violenta praticada pelo antigo Cristianismo.

Os Antigos Nórdicos eram povos fortes, mas mesmo com uma intensa tradição cultural, não intencionavam converter outros povos às suas crenças. O declínio do Ásatrú começou mesmo antes do fim do Século VI, quando as novas religiões de origem Cristã, estavam em franca expansão na Europa. Um pequeno grupo de missionários cruzou o Canal do grande continente para as ilhas britânicas trazendo a fé Cristã para Kent.

Os Padres Cristãos trabalharam intensamente na parte ocidental da Bretanha e substituíram os templos dos deuses heathenistas por pequenas igrejas de madeira, tijolos e pedras. Cruzes esculpidas se ergueram em toda parte em nome da fé cristã. Por volta de 731 da Era Comum, um cristão "brilhante" no novo monastério de Jarrow no norte da Inglaterra, conhecido como o venerável Bede, se dispôs a escrever um livro cobrindo o crescimento da Nova Fé de uma ponta a outra da Inglaterra. Apesar de a religião heathenista não estar ainda morta na Bretanha, seus dias estavam contados. No continente, muitos dos Germanos já haviam rejeitado os velhos deuses ( ou convertidos sob a ponta da espada em óbvias ameaças de morte desta nova "religião de amor" ), com poucas exceções como os Saxões, os Frisios e os Dinamarqueses. Por volta dos séculos X e XI o povo da Noruega se converteu por influência dos Reis Cristãos, Olaf Tryggvarsson e Olaf-o-Sagrado. Estes dois batalharam sem cessar contra os deuses heathenistas, esmagando seus ídolos, queimando seus templos, expulsando seus seguidores ou expondo estes a mortes dolorosas em nome de Cristo.

Alguns daqueles que foram expulsos, se estabeleceram na Islândia, aonde não havia reis, e portanto não havia perseguições. Mas mesmo na Islândia, as chamas do heathenismo estavam se apagando, e no ano 1000 da Era Comum, O Parlamento ou Assembléia Islândesa, sob pressão de diversos reis cristãos da Escandinávia através de ameaças de guerra, e boicote do comércio, tornaram o Cristianismo a religião oficial da Islândia, mas com muito mais tolerância para com a Velha Religião, aonde as escrituras e imagens não foram esmagadas ou destruídas.

Em 1015, a Dinamarca também esqueceu suas velhas raízes, quando Canute O Dinamarquês conquistou a Inglaterra e preparou-se totalmente para se tornar um pilar da Igreja Cristã. Os Suecos foram os mais teimosos em sua fé na religião heathenista, mas por volta de 1164, um bispo Cristão governou em Uppsala, o antigo forte de Odin e FreyR, e destruiu o Antigo Templo de Uppsala construindo no lugar uma Igreja Cristã, que ainda existe atualmente e é vista hoje em dia, como um monumento amaldiçoado, em memória ao genocídio praticado pelo Cristianismo a todos os predecessores do Ásatrú.

Como uma religião etno-cultural, Ásatrú foi parte da cultura, e mais do que isso, parte da alma dos povos norte europeus, e não morreu realmente. Ela sobreviveu entre as comunidades Góticas, e Anglo-Saxãs em um sincretismo com o Cristianismo e o Heathenismo chamado de Arianismo Católico, e mesmo os Cristãos Islândeses ainda respeitavam os espíritos da terra que foram os Landvaetter. Entretanto tal religião foi perseguida e completamente exterminada pelos Agentes da Igreja Cristã como uma religião herética e este parecia ser o fim do culto Aesir no Norte da Europa.

Entretanto a tirania cristã não durou para sempre. A Era das Trevas, quando a Cristandade esteve em total domínio político, terminou com a Renascença, e na Era Moderna, a humanidade pode ver novamente uma nova luz de liberdade. O maior e mais importante tributo ao fim de tal escuridão foi quando o ultimo rei cristão da França foi decapitado e alguém gritou na multidão:

"Jacques de Molay - Teu sangue está vingado!!!"

(A Coroa Cristã Francesa foi uma das piores inimigas do heathenismo e da Civilização Viking).

Durante o inicio do Século XX, o Partido Nacional Socialista na Alemanha sob a Liderança de Adolf Hitler e com a aprovação do Papa, tentou perverter o Ásatrú tomando parte de seus símbolos religiosos nas crenças racistas Nazistas. Tal blasfêmia morreu ao findar a Segunda Guerra Mundial, apesar de alguns grupos neo-nazistas estarem ainda hoje tentando continuar com tais práticas.

Esta atividade não está de nenhum modo relacionada com a restauração do Ásatrú como o Culto Aesir em sua Antiga Glória!

Cada estudo runológico feito na Alemanha do Século XIX e XX esteve manchado com elementos não tradicionais, misturados com elementos teosóficos e do extremismo racista, resultando em um esoterismo germânico nazista não tradicional praticado por pessoas como Guido Von List.

E como sempre, a Islândia teve um papel importante na restauração do Ásatrú. Eles preservaram suas escrituras e lendas das mãos danosas da inquisição cristã e em 1972, o Sacerdote ( Godhi ) e Poeta ( Skald ) Sveinbjorn Betteinsson, após muita pressão política no parlamento Islandês ( thing ), conquistou reconhecimento legal do Tradicionalismo Religioso Nórdico Pre-Cristão como religião válida e a nomeou Ásatrú, que significa: Fé, Confiança ou Lealdade para com os Deuses!

SISTEMA DE CRENÇAS

Ásatrú é uma religião Etno-Cultural.
Religiões Etno-Culturais são a forma mais sublime de expressão da cosmologia, visão de mundo, espiritualidade e Cultura de um povo. A cultura é o elemento mais importante de um povo ou nação e é de fato a alma desta nação. Outros exemplos de Religiões Etno-Culturais são o Hinduismo, Druidismo, Judaísmo, Taoismo, Vodu, Candomblé e Shintoismo

As comunidades religiosas Ásatrú são chamadas de Kindreds ou Hearths. "Padres" ou sacerdotes são chamados de Gothi (Godhi, Goði ou Goþi), e as "Madres" ou sacerdotisas são chamadas de Gythia (Gydhia, Gyðia ou Gyþia).

Estória da Criação
Da mesma forma que as demais religiões o Ásatrú também tem a sua versão para a criação do universo. Um poema Volüspá ( Profecia da Vidente ), conta a estória da criação da seguinte maneira:

"Entre Muspelheim ( A Terra do Fogo ) e Niflheim a terra ou ( País do Gelo), havia um espaço vazio chamado Ginnungigap. Fogo e gelo moveram-se em direção um ao outro e quando colidiram, o universo passou a existir. Odin, Vili e Vê, antes de criar o mundo, tiveram que matar um gigante cuja presença preenchia todo o universo, seu nome era Ymir e era o pai de toda prole Jotnar, que se portava muito destrutivamente. Com o corpo de Ymir, fizeram a terra, com seu sangue, fizeram o mar, com seus pelos, fizeram as árvores, com seu crânio, fizeram a abóbada celeste ou o universo, aonde repousam as estrelas, e com seus miolos, fizeram as nuvens no céu. Com os cílios de Ymir, fizeram um grande cercado em torno de nosso mundo chamado de Midgard, do qual mantém de fora os Thurses, ou seres de fora de nosso mundo, cuja natureza é destruidora e nociva."

O Homem
Para o Ásatrú, a humanidade é literalmente descendente dos Deuses. Conta a lenda que uma deidade, Rig, visitou a terra e foi o pai da raça humana. Os Deuses deram o OdreidthR ( o êxtase ) de presente aos seres humanos para os diferenciar dos outros animais, e também para ser a ligação eterna entre os homens e os Deuses.

Valores de Vida
Seguem as "Nove Nobres Virtudes": Coragem, Verdade, Honra, Fidelidade, Disciplina, Hospitalidade, Labor, Auto-Confiança ( Independência ) e Perseverança.

Família
A família é muito valorizada e honrada. Rejeitam qualquer forma de discriminação baseada em etnia, sexo, linguagem, nacionalidade, raça, orientação sexual, ou "outro critério separativo".

Moralidade
O Ásatrú de fato não tem um conjunto definido de Mandamentos, mas uma não definida moralidade heróica. Possuem entretanto, alguns elementos que poderiam ser considerados como conduta virtuosa e que levariam à admiração a nossa sociedade moderna. Honra, Coragem, Realidade em vez de Aderência a um Dogma, Lealdade para com a família, sua comunidade e Deuses em vez de Sincretismo e traição, prazer, modéstia e compaixão.

Ásatrú e Ecologia
Para o Ásatrú, a Natureza é extremamente sagrada. Consideram a terra como a mãe que nutre a vida com os frutos vindos dos seu seio. Respeitam os animais, e não os matam indiscriminadamente só para se divertir, nem para fins religiosos. Pois os animais mortos em sacrifícios rituais, não são destruídos completamente pelo fogo, são assados, consumidos e apenas compartilhados com os Deuses. Os Povos Nórdicos se retiravam freqüentemente para as florestas, em busca do sagrado. Para eles, cuidar da natureza é cuidar do corpo de Nerthus e do bem estar de Jord.

OS DEUSES NÓRDICOS

As crenças do Ásatrú são politeístas, Zoomórficas, Antropomórficas e Animistas, como a maioria das religiões Indo-Européias em sua forma original. O Ásatrú, como religião politeísta, cultua três tribos divinas ou "Panteões de Divindades"

Os Aesir
São os Deuses da tribo ou clã, representando a Realeza, ordem, artesanato, etc.

Os Vanir
São Deuses associados ao clã mas que não fazem parte deste, representam a fertilidade da terra e as forças da natureza.

Os Jotnar
São Deuses, mas que são referidos como gigantes. Representam o caos e a destruição. Estão constantemente em guerra contra os Aesires em uma batalha chamada Ragnarok ( O crepúsculo dos Deuses ), em que muitos dos Deuses irão morrer, o mundo chegará ao seu fim e renascerá.

O PANTEÃO NÓRDICO

ODIN
Principal Divindade Viking. Pai de todos os deuses, protetor dos poetas, dos guerreiros e dos estadistas. Deus da Morte, da Guerra e da Magia. Governante de Asgard e de Midgard. Empunha a lança Gungnir, que nunca erra o alvo e que no cabo, tem runas gravadas, que ditam a preservação da lei. Cavalga um garanhão negro de oito patas, de nome Sleiphir, seguido por seus dois lobos de estimação: Geri e Freki. Conquistou as runas para a humanidade através de um ato de sacrifício pessoal e trocou seu olho direito por sabedoria. Odin era celebrado às quartas-feiras, e por isso, este dia ficou conhecido como Odinsday, que depois, tornou-se em inglês a Wednesday ( quarta-feira ). O possível análogo de Odin na mitologia Grega é Zeus, por se tratar do Deus dos deuses.

FRIG
Esposa de Odin, Deusa da Fertilidade, versão da mãe Terra. É associada a Nerthus ( Idade do Bronze ). É conhecida por sua sabedoria e por nunca revelar seus segredos a ninguém, nem mesmo a Odin, seu esposo. É representada por uma sacerdotisa nua de cabelos longos, usando um torc (colar de ouro) e pulseiras nos braços e pernas. Suas possíveis análogas na Mitologia Grega são Hera, por se tratar da mulher de Zeus e Deusa dos Partos, ou Gaia, por se tratar da Mãe Terra, a fertilidade em pessoa.

THOR
Deus do trovão, filho de Odin. Thor é invocado nas magias rúnicas como força vingadora. Casou-se com a Deusa Sif, do trigo. É com certeza o Deus mais conhecido do Ásatrú. Isso devido, é claro, ao famoso desenho de nome "Thor, o Deus do Trovão". Na verdade, Thor não era apenas o Deus do Trovão, mas também o Deus da Chuva, do Relâmpago e da Vingança. Ele era o melhor entre todos os guerreiros de Asgard, mas não era o Deus da Guerra, nem dos Guerreiros. Empunhando seu mítico martelo de pedra chamado Mijollnir, ele era invencível em qualquer batalha. Os guerreiros Vikings costumavam usar réplicas em miniatura do Mijollnir penduradas em seus pescoços durante as batalhas, pois acreditavam que assim também seriam invencíveis, como o deus. Apesar disso, Thor era o menos inteligente de todos os deuses. O possível análogo de Thor na Mitologia Grega é Apolo, por ser filho de Zeus, bem como Thor é filho de Odin, além disso, Apolo é o Deus do Sol, e Thor também é Deus de entidades celestes. Este Deus era reverenciado todas as quintas-feiras, sendo este dia chamado de Thorsday, que deu origem ao nome da quinta-feira em inglês, ou seja, Thursday.

BALDUR
Dos Deuses do sexo masculino, este é o mais jovem e o mais bonito. Deus do Sol e do Verão. Irmão de Thor, é o mais eloquente dos deuses.

LOKI
Filho de Odin, irmão de Thor é o Deus do fogo e tem descendência dos povos gigantes. Era considerado ao mesmo tempo um deus do bem e do mal. Ele era conhecido com o trapaceiro de Asgard, pois sempre tentava enganar os outros deuses. Seu dia de reverência era o sábado, que era conhecido como Lokisday, mas este nome não prevaleceu como origem do nome atual do sábado em inglês.

TYR
É o Deus dos Guerreiros e do Combate ( não da Guerra ). Era o líder do exército dos deuses, apesar de não ser nem de longe o melhor guerreiro. Tyr era muito celebrado principalmente pelos soldados profissionais, e seu dia era a terça-feira, que ficou conhecida como Tyrsday, palavra que em inglês deu origem à Tuesday ( terça-feira ). Seu possível análogo na Mitologia Grega é Marte, que apesar de ser o Deus da Guerra, também não é nem de longe o melhor guerreiro do Olimpo.

NJORD
É um Deus muito importante para os Vikings, por se tratar do Deus dos Mares, era também o Protetor dos Marinheiros e Pescadores. Representação paterna do Vanir, ele é aquele que concede riquezas e um corajoso guerreiro. Casado com a Deusa Skadi.

FREY
Filho de Njord, é o patrono da fertilidade, o soberano do reino dos duendes responsáveis pelo crescimento da vegetação. A sua principal característica é o seu pênis ereto, e é o equivalente setentrional, mais próximo do Deus Cernnunos ( Wicca ).

FREYA
Irmã de Frey, é a mais importante entre as Deusas do Ásatrú, superando até mesmo Frigg. Ela também é uma Duende e é a Deusa do Amor e da Magia. Compartilhou com Odin a morte em batalha, recebendo o primeiro golpe. Era celebrada nas sextas-feiras, por isso este dia era chamado de Freyasday, o que deu origem em inglês ao dia Friday (sexta-feira).

HEIMDAL
É o deus brilhante, guardião da ponte do arco-íris que conduz a Asgard e possuidor do Gjallanhorn que ele sopra na batalha de Ragnarök. Sua audição é tão sensível que ele pode ouvir a grama brotando e a lã crescendo no dorso de uma ovelha.

NORNES
Deusas do destino: Urd, Verdani e Skuld. São três irmãs que tecem o fio do destino dos homens em seus teares. Guardam Yggdrasil, a árvore do mundo, que sustenta a Terra. Todas as manhãs fazem chover hidromel sobre suas raízes, para que as folhas permaneçam verdes. São representadas pela virgem, a mãe e a anciã. Urd é muito velha e vive olhando para trás, ( passado ) por sobre os ombros. Verdani é uma jovem e olha sempre para a frente ( presente ) e finalmente Skuld, vive encapuçada e possui um pergaminho fechado sobre seu regaço, que contém os segredos do futuro.

IDUN
Deusa da saúde e mulher de Bragi, deus da poesia. Ela é responsável pela saúde dos deuses. Possuía uma caixa de madeira mágica, onde guardava um infinito número de maçãs as quais tinha a obrigação de servir a todos os deuses, todos os dia. Estas maçãs é que lhes garantiam a força e a eterna juventude. Na Mitologia Grega existia a crença de que os deuses se mantinham fortes e jovens porque comiam Ambrósia e bebiam Néctar todos os dias. Quem servia Néctar aos deuses Gregos era Baco, o Deus do Vinho, por isso ele é o possível análogo de Idun.

MIMIR
Gigante, guardião da Fonte da Sabedoria e amigo de Odin.

AEGIR
Gigante dos mares.

VALKYRIAS
São entidades femininas que aparecem para os homens que estão prestes a morrer. Apenas estes podem vê-las, para os demais elas são invisíveis. Elas têm a missão de conduzir os mortos até Walhalla ou Hel.

DVALIN
É o soberano dos anões, além de ser o Deus do mundo subterrâneo.

DAIN
Soberano dos Elfos

RITUAIS ÁSATRÚ

Blot
É o ritual religioso mais comum; é um sacrifício para os Deuses. Nos velhos dias, como na maioria das antigas religiões, um animal era consagrado para as deidades e depois morto. Não era um tipo de suborno ou um método de capturar o poder do animal morrendo. Era uma forma simples em que os antigos Nórdicos retribuiam sua fartura com um presente aos Deuses. Atualmente, o sacrifício animal foi substituído por outras oferendas como cerveja, suco ou hidromel. No encerramento, todos os presentes são borrifados com o liquido, ou bebida.

Sumbel
É uma celebração do ato de beber ritualmente, em que um chifre é preenchido com uma bebida e passado pelo grupo. Cada pessoa faz um brinde aos Deuses, narra uma estória, canta uma canção ou recita um poema em homenagem à antigos heróis ou ancestrais e então bebe do chifre.

Profissão ou Adoção
Assim como os Católicos têm o rito de profissão de fé que é chamado de Crisma, e os Judeus o seu Bar Mitzva, uma pessoa só passa a ser formalmente considerada um Ásatrúar quando professa sua fé em um rito conhecido como "Profession Blot". É o ato de assumir um compromisso com o Ásatrú pela exclusão de quaisquer outros dogmas religiosos. Faz-se um juramento solene de aliança e parentesco com os Deuses de Asgard, os Aesir e Vanir e sua gente. É uma cerimonia simples usualmente feita na presença de um Gothi ou Gythia e o resto do Kindred, Hearth, ou Garth. O compromisso é tomado sob um anel de juramento ou outro objeto sagrado.

O Juramento
"Eu juro portar sempre a Bandeira do Corvo Aesgaardiana, seguir o caminho do Norte, agir sempre com honra e bravura, e ser sempre sincero e verdadeiro para os Aesires, Vanires e para o Ásatrú. Pelos Deuses eu assim juro. Por minha honra eu assim juro. Sob este Anel Sagrado eu assim juro."
Heill Asar ok Vanir !

CALENDÁRIO ÁSATRÚ
( Adaptado para o Hemisfério Sul )

9 de Janeiro
- Morte de Raud o Forte
Assassinado por Olaf o Gordo por negar-se a converter-se ao cristianismo.

9 de Fevereiro
- Morte de Eyvind Kinnrifi
Assassinado por Olaf o Gordo por negar-se a converter-se ao cristianismo.

28 de Março
- Dia de Ragnar Lodbrok.

9 de Abril
- Dia de Haokon Sigurdson o Grande.
Defensor da religião Ásatrú na Noruega.

9 de Maio
- Gurod de Gudbrandsdal.
Assassinado por não converter-se ao cristianismo.

9 de Junho
- Día de Sigurd ( Sigfried ).

24 de Junho
- Festa de Vali. ( Festival da Família ).

25 de Junho
- YÜLE ( WEIHNACHTEN ) A festa mais sagrada.

9 de Julho
- Dia de Unn a de Mente Profunda.

19 de Julho
- WINTERNIGHTS ( Noites de Inverno ).
- Fim da colheita ).
- Benção dos Elfos e FREY.
- Morte de Olaf o Gordo.

24 de Julho
- THORRABLOT ( Assembléia dos Deuses )
Benção do trabalho para o ano todo.

9 de Agosto
- Dia do Rei Radbod da Frisia.
Por se negar a converter-se ao cristianismo.

9 de Setembro
- Dia de Hermann o Cheruscan.
Personalização da liberdade germânica.

12 de Outubro
- Dia de Leif Eriksson e sua irmã Freydis Eriksdottir.
Homenagem aos primeiros nórdicos que se assentaram na América.

28 de Outubro
- Dia de Erik o Ruivo.

01 de Novembro
- NOITE DE WALBURG ( Valpurgisnatch )
Principio do Verão.

9 de Novembro
- Dia do Reinado de Sigrid da Suécia.
Aquele que organizou o complô para fazer cair a Olaf.

9 de Dezembro
- Dia de Egill Skallagrimsson, poeta, guerreiro e Mago das Runas.
- OSTARA Entre o equinócio de Primavera e a primeira lua cheia seguinte.
- Benção da Vitória.
- Festa do Despertar.

21 de Dezembro ( data aproximada )
- Miðsommar, festival em comemoração do Solsticio de Verão.

Heill Innun Raudha þórR !
(Salve Thor, o Vermelho !)

 
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